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A Cooperativa de Crédito do futuro: na contramão dos bancos

Por que as Cooperativas de Crédito devem qualificar ainda mais seus pontos de relacionamento com cooperados enquanto bancos fecham agências, demitem funcionários e investem nos serviços online?

Cooperativa de Crédito do Futuro

Você notou que a agência bancária na esquina da sua casa fechou? Ou não reparou porque faz tempo que não entra em um banco?

Segundo dados de 2018 do Banco Central, isso é reflexo da queda de 7% no número de agências nos últimos anos, puxados pelos dois maiores bancos no país, o Bradesco e o Branco do Brasil – que sozinho fechou cerca de 700 agências nos últimos 18 meses. Houve queda também de quase 3,5% no número de ATMs no mesmo período. Há, também, o movimento de “encolhimento” das agências, casos do Santander e do Itaú; este último chegou a reduzir em até 80% o tamanho médio das suas agências nos últimos 5 anos.

Essa tendência tem sido reforçada pelo aumento da inclusão digital dos brasileiros e pelo grande investimento dos bancos em tecnologia, especialmente em softwares, nos últimos anos. Como demonstra dados da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2018, realizada pela Deloitte, os usos dos canais digitais têm aumentado exponencialmente frente a estagnação dos presenciais.

Destaque para como o mobile banking está crescendo enquanto, simultaneamente, esmaga o internet banking. Fenômeno explicado pela pulverização do acesso à internet pelos smartfones – e seu preço significantemente menor que um computador, atingindo assim todas as classes. De acordo com o censo 2017 do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 96% das pessoas que acessam a internet utilizam o smartfone, enquanto que 51% utilizam computadores para este fim, sendo sua maioria formada pelas classes A e B.

Como existem 450 milhões de redes Wi-Fi no mundo e 60% dos pagamentos mundiais são digitais, de acordo com o relatório Internet Trends 2018, fica claro que a expansão do mobile banking só tende a aumentar, uma vez que a barreira da credibilidade em sua segurança já foi superada, e os investimentos nesta área seguem crescendo.

MILLENNIALS

Em menos de 10 anos, 75% da força de trabalho será representada pelos millennials. São os nascidos entre os anos 80 e 2000, que hoje representam 30% da população e em breve serão a grande massa de consumidores. Portanto, compreender esta geração é fundamental para a estratégia de crescimento de qualquer setor do mercado. São pessoas que experimentam novas tecnologias, estão sempre conectadas, criando e compartilhando conteúdos e feedbacks. Buscam propósito nas coisas e querem viajar e se aventurar, enfim, viver novas experiências.

Mas de que forma as instituições financeiras podem impactar a vida da Geração Y? Em termos de online banking, metade dos millennials brasileiros dizem que seu banco não está atendendo às suas expectativas, e 21% vivem de salário a salário – isto é o que mostra a pesquisa da Mastercard sobre Millennials da América Latina, encomendada para a Harris Research em 2017. O estudo também indica que 40% querem participar ou cocriar produtos e marcas.

O que os millennials querem dos bancos

FINTECHS & COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Para atingir a Geração Y as cooperativas de crédito já estão tomando medidas para se integrarem com as jovens empresas de tecnologia com propósito de facilitar a vida das pessoas, as já famosas startups.

A chegada das fintechs (startups de tecnologia que entregam novos modelos de negócios em serviços financeiros) acendeu um alerta aos bancos para a mudança de foco para atender devidamente as necessidades dos seus clientes. Inicialmente, o que parecia ser uma concorrência direta, logo se mostrou como uma oportunidade para crescimento e novos negócios para as instituições financeiras já consolidadas.

O ano de 2018 parece ser o da integração das instituições financeiras e startups. O banco Itaú, que em 2015 abriu em São Paulo um espaço de empreendedorismo, o Cubo, em agosto de 2018 inaugurou a nova sede com quatro vezes o tamanho da original. Outros bancos seguiram o mesmo caminho, como o Santander criando o Farol no início de 2018, no icônico edifício do Banespa no centro de São Paulo, o Bradesco, em fevereiro do mesmo ano, com o InovaBra, e o Banco do Brasil também anunciou, em junho de 2018, uma parceria com a aceleradora Startup Farm com objetivo de aproximar o banco do ecossistema de inovação.

As cooperativas de crédito não ficaram para trás. A Sicredi, em parceria com a StartSe e Innoscience, lançou em julho de 2018 o programa Inovar Juntos para, inserindo-se no ecossistema de startups, formar parcerias e abrir ainda mais espaço para a inovação na Cooperativa. Em setembro de 2018 ela anunciou 10 startups selecionadas, de 211 inscritas em todo o Brasil, para participar do seu programa de conexão. Inicialmente os desafios propostos pela Sicredi foram de processos internos e de menor complexidade, mas há potencial para ampliações no futuro caso a experiência se prove eficaz.

No mesmo mês que a Sicredi criava seu próprio programa, a Sicoob realizou, no Rio de Janeiro, o Sicoob Talks: Fintechs, um encontro que reuniu empresas selecionadas pela ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) e representantes do Banco Central com o objetivo de inteirar os executivos da instituição das atuações destas startups nas mais diferentes áreas, e assim, fomentar novas frentes de negócios.

A própria Confebras (Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito) considera as fintechs como possíveis parceiras das cooperativas de crédito, pois “a união entre a modalidade tecnológica e o cooperativismo de crédito impulsiona um mundo equitativo”; e “...a tecnologia e os avanços digitais favorecem o sistema cooperativista”.

 

“Nota-se que o mundo segue a linha de avanço das interações, e essas transformações se devem ao recurso digital, especialmente na criação das startups”.

– Confebras

 

O 12º CONCRED (Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito), que se realizará em Florianópolis no mês de novembro, contará inclusive com o Laboratório FintechCoopLab, coordenado pela FintechLab e Torq, onde doze fintechs apresentarão suas propostas de valor para as cooperativas financeiras, com objetivo de formar parcerias.

O DIFERENCIAL DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO

O investimento em agências físicas é estratégico, não apenas como consolidação da presença e solidez do sistema cooperativista, mas pensando inclusive na Geração Y e seus anseios e dificuldades. Como os millennials querem gastar o dinheiro com mais inteligência e planejar um orçamento, as cooperativas devem ser mais que um “banco”, devem se tornar parceiros que ajudam seus cooperados a crescer e realizar sonhos.

Neste sentido as cooperativas financeiras devem seguir o caminho inverso da maioria dos bancos e investir na qualificação dos seus pontos de relacionamento, transformando-os no ponto de apoio do cooperado e, assim, fortalecendo o Sistema.

O Grupo Bitcoin Banco abrirá sua segunda agência física em 2018, para atendimento ao público, oferecendo negócios em criptomoedas, orientação e avaliação sobre qual produto é mais adequado às necessidades de cada perfil de cliente. O diretor comercial do Grupo Bitcoin Banco, Jaime Schier, argumentou ainda que “a loja física alia a modernidade do mercado das criptomoedas à confiança de uma equipe de consultores experientes, em um ambiente estruturado e construído para receber bem nosso cliente”.

O quinto maior banco do país, o Santander, tem investido na criação de espaços de convivência, como sua agência na Avenida JK, em São Paulo, que conta com internet grátis e até um café da rede Havanna integrado. Há uma previsão de mais 15 espaços como este nas principais capitais do Brasil nos próximos dois anos, de acordo o diretor executivo do Santander Brasil. Um movimento que busca se aproximar e aumentar o relacionamento com seus clientes.

Esse esforço do banco privado é muito reduzido nas cooperativas de crédito, uma vez que a qualidade do atendimento e relacionamento com seus cooperados já são seus maiores diferenciais.

O que falta para alavancar o crescimento das cooperativas de crédito no marketshare das instituições financeiras, é repensar e requalificar suas unidades de relacionamento – local onde o cooperado realmente vive a experiência com sua cooperativa. Os espaços devem ser voltados para atender de forma personalizada cada demanda e apresentar, em um ambiente confortável e propício, colaboradores preparados para guiar os cooperados à sanarem dívidas, investirem sabiamente e concretizarem seus sonhos.

E neste mesmo espírito inovador e de vanguarda, a Unicred Vale Europeu inaugurou em agosto de 2018 a flagship do Sistema em Blumenau/SC, a Agência Conceito Premium, o canal mais forte para interação com seus cooperados. Um projeto cocriado com a própria Cooperativa e desenvolvido pelo DEGRAU – Estratégia em Arquitetura, que introduziu espaços exclusivos para os cooperados, como coworking, sala de reunião e cafeteria gourmet. Seu maior diferencial é a Unicred Experience, um espaço multiuso voltado para integração e promoção de parcerias, onde poderão ocorrer palestras, workshops e exposições de cooperados PJ para engajamento e envolvimento da comunidade com o espírito cooperativista.

Clique aqui e conheça o CASE Agência Conceito Premium da Unicred Vale Europeu, em Blumenau/SC.

 

Atuamos com cooperativas de crédito há mais de 10 anos e nos dedicamos diariamente à excelência e inovação em nossos projetos.

Venha tomar um café conosco e descobrir como podemos ajudar a sua cooperativa a engajar novos cooperados.

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